Segundo os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), a inatividade física constitui o quarto fator de risco de mortalidade em todo o mundo, apenas superada pela hipertensão arterial, consumo de tabaco e diabetes.
Apesar de estar provado que a atividade física moderada, com duração mínima diária de 25 minutos, tem um efeito protetor na mortalidade, apenas um quinto da população portuguesa adulta cumpre esta recomendação da OMS.
São conhecidos os esforços das entidades científicas e governamentais no combate às doenças não transmissíveis, também denominadas doenças crónicas. São múltiplas as entidades nosológicas para as quais existe evidência científica de um papel benéfico da atividade física regular, quer no tratamento, quer na reversão das mesmas. A atividade física regular reduz as taxas de prevalência de doença coronária, doença cerebrovascular, doença respiratória, diabetes mellitus tipo II, doença metabólica, doença oncológica, doença mental e dor crónica. Existe evidência robusta para um efeito positivo da atividade física na saúde óssea, autonomia, participação, funcionalidade e prevenção de quedas, elementos fundamentais, atendendo ao envelhecimento populacional.
Pelo contexto descrito, é fundamental que a comunidade médica se aproxime desta área do conhecimento, e que se articule com os diferentes sectores profissionais/programas comunitários vigentes, trabalhando em prol da população.
Bibliografia
World Health Organization: Global recommendations on physical activity for health (mais informação)
Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física (mais informação)
Arem et al (2015). Leisure time physical activity and mortality: a detailed pooled analysis of the dose-response relationship. JAMA Intern Med 175.959